COMO CHEGAR AO EREMITÉRIO FREI AVE MARIA

quarta-feira, 28 de abril de 2010

BIOGRAFIA DO VENERÁVEL FREI AVE MARIA


VENERÁVEL FREI AVE MARIA Eremita cego dos Filhos da Divina Providência * Pogli de Ortovero (Itália) 24 de fevereiro de 1900 †




Voghera (Itália) 21 de janeiro de 1964
Nasceu em Pogli de Ortovero nas localidades de Savona no dia 24 de Fevereiro de 1900, queimou todas as etapas da idade juvenil através de uma tragédia que o tornou homem à idade de 12 anos.Aquele dia era o dia de todos os santos, 1° de Novembro, ele brincava com o seu colega, Bartolomeu Vignola, o qual tinha entres as mãos uma espingarda e pensava que estivesse descarregada, apontava em direção a César (nome de Batismo do Frei Ave Maria), que rindo lhe dizia de apertar o gatilho.


Uma brincadeira de crianças. Partiu o tiro e naquele fragor caiu o véu da escuridão nos olhos de César Pisano.Abriu-se no seu ânimo ainda inexperiente, uma grande crise moral, bem maior do que a falta física das vistas. As trevas das suas pupilas podia provocar o desaparecimento de toda a sua luz espiritual, alimentando dentro de se grande sofrimento, ódio, falta de fé e grande revolta contra a Igreja e contra Deus.Mas (eis a jogada do Corpo Místico) não se oferece só: o Senhor abre caminhos misteriosos em seu futuro.No Instituto Davide Chiossone em Gênova, onde o rapaz cego é internado, uma boa irmã das Filhas da Caridade, a Ir. Teresa Chiapponi, natural de Pianello na Vale Tidone (Piacenza) carrega sobre se este sofrimento do rapaz e com materna solicitude consegue pouco a pouco arrancar dele aquele sentimento amargo. E com o seu jeito afável recebe do rapazinho o primeiro sorriso. E o conduz à fé.O bom germe cresce e amadurece. A conversão está preste para acontecer. (de conversão podemos falar efetivamente também se tratando de um rapazinho que ainda não saiu da adolescência). Pobre rapaz! Não tinha que pagar por nenhuma culpa. Foi sempre um rapaz bom, vivaz; e a cegueira fez dele uma vítima inocente.No entanto ele sentia o coração penetrado pela exortação de Jesus para a renúncia de se.


Escutava a divina mensagem e compreendia claramente o seu significado: “E se teu olho for para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga longe de ti. É melhor entrares com um só olho na vida do que com os dois seres lançado no fogo do inferno.”Substancialmente que diferença existe entre o reino dos céus da alma em estado de graça e o Paraíso? César Pisano toma os seus grandes olhos, luminosos e expressivos e os oferecem a Jesus. Alessandro Manzoni faz uma sublime observação a propósito da aceitação cristã. “Aceitar – ele escreve – aquilo que não se poderia recusar! São palavras que até parecem não ter sentido para quem ver somente o efeito material; mas são palavras de um sentido claro e profundo para quem entende em sua aceitação da mente e no despojar-se da própria vontade é ainda igualmente difícil, igualmente importante seja que o efeito depende dela ou não, seja no consenso como na escolha.”Conformar-se ao impossível! Que merecimento se tem? É a pergunta que faz o mundo de hoje. Aqui mesmo está a força do cristianismo: no deixar aceitar a vontade de Deus. É como um oferecer-se em sacrifício. É o coração que age. E o sentimento que a inspira e vale mais que a matéria oferecida. Mediante a aceitação o sacrifício se renova, revive como uma dádiva a Deus. No fundo a santidade de nossa parte está toda aqui: dizer sim ao Senhor, do qual nos vem todas as graças.O nosso jovem que superou todas as provas agora diz “sim” ao seu Senhor.


Será cego para dar gloria a Deus e cumprir a sua vontade. Fará tanta penitência para se mesmo e para os pecadores. E assim chegamos à vocação religiosa suavemente sustentada pela boa Irmã Filha da Caridade e que se consolidou através do seu encontro com o Dom Orione.

VIDA CONTEMPLATIVA


VIDA CONTEMPLATIVA

O que é a Vida Contemplativa?

A Vida Contemplativa é definida como “um olhar longo e cheio de amor” – Walter Burghardt, teólogo jesuíta. É um estar na presença daquele a quem amamos. O contemplativo é um apaixonado por Deus, ao ponto de fazer uma escolha radical para estar com o Amado (Lc. 10, 42).

E este estar é um estar em prontidão de escuta, daí é que vem o significado da palavra obediência: Se buscarmos também na etimologia a origem da palavra “Obeceder” vamos aprender, que esta palavra vem do latim “Ob Audire”, e significa “entender, escutar com o coração”. A palavra obediência em sua raiz etimológica quer dizer: ouvir com o coração e escutar em profundidade, ou seja, escutar com amor.

É por isto que o contemplativo se coloca na condição de escuta como a Maria , irmã de Marta aos pés do Senhor. O contemplativo com sua vida diz ao mundo: “Manhã após manhã ele me desperta o ouvido, para que eu escute, como os discípulos; o Senhor

Deus abriu – me o ouvido” (Is. 50, 4 – 5). O escopo de todo contemplativo é o “quaerere Deum”, ou seja o buscar Deus. E esta busca tem algumas características. Vejamos algumas das características desta busca na Vida Contemplativa:

O seguimento de Jesus Cristo no silêncio e na solidão.

A vida de oração (Lc. 6, 12).

A escuta da Palavra de Deus

O Trabalho (Labor)

Um olhar mais aprofundado das coisas (a contemplação)

O Primado de Deus

A vida de escondimento

Vemos que a Vida Contemplativa tem as suas peculiaridades, a Vida Contemplativa é chamada de “Vocação dentro da vocação”. Há uma outra face da Vida Contemplativa que é até desconhecida, esta outra face é o holocausto. Parece muita dura esta palavra, mas é um holocausto incruento: “Em que não se derrama sangue; que não custou sangue”. Como dizia o Servo de Deus, o Papa João Paulo II: “A Vida Contemplativa é um martírio branco”. Mas entendamos que martírio não senão sinônimo de Amor, Doação, Vida, mas também de sacrifício, mortificação, renuncia. O papa Bento XVI disse à monjas do Mosteiro de Santa Francisca Romana: “A Vida Contemplativa é chamada a ser uma espécie de pulmão espiritual na sociedade”. A vida Contemplativa apesar de existir em várias dioceses e até mesmo nos grandes centros de nossas Metrópoles, ainda é desconhecida. Isto se deve a passividade de muita gente à religião. A Abadessa Cristiana Piccardo do Mosteiro Beneditino de Santa María de los Toldos diz que: “A presença da Vida Contemplativa continua sendo uma presença singela, silenciosa e simples, no coração da Igreja, da humanidade e da história para testemunhar que o absoluto de Deus é plenitude de sentido e alegria de viver para o Reino: cada comunidade contemplativa é uma semente infinitamente pequena mas fecunda de transcendência”. (Monaquismo, Laicidade e Vida Religiosa, Gianfranco Brunelli, Ed. Paulinas, 1999).

A grande fecundidade que a Vida Contemplativa produz no seio da Igreja e da Sociedade é algo que ultrapassa nossa razão. Assim reza o Perfecta Caritatis: “Os que foram chamados para a especificamente contemplativa são considerados ‘um dos tesouros mais preciosos da Igreja’”. Para entendermos melhor este pensamento da fecundidade da Vida Contemplativa na Igreja e na Sociedade, cito uma frase de São Rafael Arnáiz Baron, monge Trapista: “No silêncio e na oração podemos fazer mais que com todo o ruído de palavras” (São Rafael Arnáiz Baron).

A Vida Contemplativa é uma fonte dentro da Igreja, exemplo disto é o grande números de santos que esta rendeu à Igreja e também atualmente o grande número de pessoa que buscam os lugares onde exista uma Comunidade Contemplativa para o repouso da alma. O homem da Pós – modernidade tem por vício a vida frenética e “louca”, mas muitos destes têm percebido a necessidade de um frear de vida e de se colocar diante Daquele que os criou, e a Vida Contemplativa tem por parte de sua missão no seio da Igreja proporcionar este momento a todo homem e mulher que bate a sua porta pedindo descanso para alma, nossas casas são chamadas de oásis.

A Vida Contemplativa tem por escopo em nos chamar a atenção à oração e a busca de Deus, que é o nosso fim último.

"No silêncio e na oração podemos fazer mais que com todo o ruído de palavras... O que busca a Deus, O encontra. A única coisa que importa é buscar - Lhe" (São Rafael Arnáiz Baron)

COMUNIDADE RELIGIOSA DO EREMITÉRIO



VIDA DE ORAÇÃO


A oração é a ocupação mais importante na vida do religioso eremita.
Rezar é colocar-se diante de Deus, com a própria vida, com os próprios pensamentos e desejos, na verdade e na sinceridade do coração.
Oração e trabalho são os dois pontos principais na vida de um eremita orionita, talvez ao ler este pequeno folheto poder-se-ia pensar porque não se explanou um pouco mais sobre a vida de oração do eremita, porém estas breves noções já são o necessário.
“Os Eremitas da Divina Providência vivem em lugares ermos, atendendo unicamente à oração e ao trabalho. São eles o que melhor expressam a dimensão contemplativa da consagração religiosa. Com o sacrifício de seu recolhimento e com a oração incessante oferecem uma admirável contribuição à fecundidade de todo o apostolado da Congregação. (Constituições)

A FORMAÇÃO


Integra a tradição de Dom Orione o aceitar aspirantes de diversas idades, sejam elas pessoas maduras ou jovens, como fazia S. Bento. Diferente, porém, é o discernimento e o acompanhamento formativo.O superior do eremitério depois de ter recebido as devidas informações e uma carta de apresentação por parte do pároco ou de uma pessoa de confiança, recebe o candidato para um período de prova no eremitério. Ele o confia à um eremita, o qual fará conhecer ao candidato a vida quotidiana do eremitério.A “porta” que conduz ao eremitério é a Pequena Obra da Divina Providência. Normalmente se entrará no eremitério após se ter passado alguns anos nas casas da Congregação, no serviço direto com os pobres e os humildes.Quanto ao noviciado, são dois anos: o primeiro feito com todos os outros membros da família orionita, ou seja clérigos e irmãos, o segundo ano no eremitério onde o noviço poderá inserir-se diretamente na vida da comunidade.Para os aspirantes mais jovens, normalmente exige-se que tenham terminado o Ensino Médio (2° grau), antes de serem admitidos definitivamente no eremitério.O ingresso definitivo no eremitério para iniciar o pré-noviciado não deve acontecer antes de que o candidato tenha completado 21 anos.

O TRABALHO


Os eremitas dedicam a cada dia, aproximadamente, seis horas de trabalho, que geralmente será trabalho manual.
Encarregam-se por conta própria da limpeza e da manutenção da casa e dos ambientes circunvizinhos.
Estas são algumas das tarefas das quais os eremitas podem ocupar-se: o trabalho agrícola, o cuidado e a limpeza do parque ou dos bosques que dependem do eremitério, criação de animais produtivos, avicultura, apicultura, encadernação de livros, artesanato e outras trabalhos lucrativos.
Colaboram, prestando ajuda às várias atividades da Igreja e da Congregação utilizando também as técnicas modernas (imprensa, mídia, computador, etc), reescrevendo textos ou cartas dos nossos santos de família, etc.

O TERMO EREMITA


Conserva-se o nome de EREMITA por respeito à tradição consagrada por Dom Orione, mais do que pelo estilo de vida dos nossos irmãos. Foi o nome que ele deu para este novo ramo da Congregação, desde o início da sua fundação (30 de Julho de 1899), na originária intenção de fazer ressurgir a figura dos antigos solitários que povoaram os bosques e os eremitérios.
Em algumas épocas se pensou em mudar o nome EREMITA para não se criar desorientações na Igreja e não alimentar ilusões naqueles que procuram realmente a solidão e o isolamento. Isto só não foi feito porque se tornou um nome muito querido e ligado às origens da nossa Família.
“Os Eremitas... vivem em lugares ermos, voltados unicamente à oração e ao trabalho... e com o sacrifício de seu recolhimento e com oração incessante oferecem uma admirável contribuição à fecundidade de todo o apostolado da Congregação.”
A solidão dos lugares isolados, a oração incessante e o recolhimento, sem dúvidas são elementos essenciais à vocação contemplativa dos eremitas e devem ser lembrados quando se quer melhor definir a identidade deles.
Todavia a solidão e o silêncio não devem ser entendidos como forma estreita e absoluta. Os antigos eremitas viviam não tão somente separados do mundo, mas separados também entre eles.
Os Eremitas da Divina Providência ao contrário, sempre viveram e vivem em pequenas comunidades ou cenóbios, ao lado de antigos santuários, mosteiros ou lugares isolados, num estilo de vida simples e familiar, fraternalmente abertos ao acolhimento e à atenção aos fiéis, dedicando a sua jornada aos humildes serviços da casa e ao trabalho do campo.
Os Eremitas nunca foram vistos como parte separada do restante da Congregação, como se fossem uma pequena Ordem religiosa por conta própria. Eles, pelo contrário, são parte integrante de uma única família religiosa, a Pequena Obra da Divina Providência.
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“O eremita sempre foi uma figura especial na religião. Esse ser deve existir também na Obra da Divina Providência:

viver quase como um constante sacrificio, voz constante do amor de Jesus pela salvação dos irmãos...

Os antigos tiveram suas legiões de fortes... e Cristo não terá a sua falange sagrada que, no sacrifício contínuo de uma vida imaculada e de um trabalho assíduo, ore e seja como que um grito do amor de Jesus, que o aplaque e implore pela vitó¬ria dos campeões da ação católica no meio da sociedade e apresse a conversão dos pecadores, a união dos pobres ir¬mãos separados, o triunfo da Igreja e do Pontificado? Ah, sim! Sem dúvida, deve existir. O Espírito de Deus, que faz nascer das pedras os filhos de Abraão, o Espírito de Deus alimentará a vida constantemente...

Até quando houver um pedacinho de chão onde Jesus possa estabelecer-se, até quando houver uma rocha e sobre ela uma cruz, os eremitas existirão!... Surgi, então, surgi, com o coração cheio do amor a Jesus, ó irmãos eremitas!

Saúdo a vossa chegada como uma bênção de Deus, inclino-me perante vós, chamados para fazer um grande bem! Mil vezes vos abençôo e mil vezes vos amo”