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quarta-feira, 28 de abril de 2010

VIDA CONTEMPLATIVA


VIDA CONTEMPLATIVA

O que é a Vida Contemplativa?

A Vida Contemplativa é definida como “um olhar longo e cheio de amor” – Walter Burghardt, teólogo jesuíta. É um estar na presença daquele a quem amamos. O contemplativo é um apaixonado por Deus, ao ponto de fazer uma escolha radical para estar com o Amado (Lc. 10, 42).

E este estar é um estar em prontidão de escuta, daí é que vem o significado da palavra obediência: Se buscarmos também na etimologia a origem da palavra “Obeceder” vamos aprender, que esta palavra vem do latim “Ob Audire”, e significa “entender, escutar com o coração”. A palavra obediência em sua raiz etimológica quer dizer: ouvir com o coração e escutar em profundidade, ou seja, escutar com amor.

É por isto que o contemplativo se coloca na condição de escuta como a Maria , irmã de Marta aos pés do Senhor. O contemplativo com sua vida diz ao mundo: “Manhã após manhã ele me desperta o ouvido, para que eu escute, como os discípulos; o Senhor

Deus abriu – me o ouvido” (Is. 50, 4 – 5). O escopo de todo contemplativo é o “quaerere Deum”, ou seja o buscar Deus. E esta busca tem algumas características. Vejamos algumas das características desta busca na Vida Contemplativa:

O seguimento de Jesus Cristo no silêncio e na solidão.

A vida de oração (Lc. 6, 12).

A escuta da Palavra de Deus

O Trabalho (Labor)

Um olhar mais aprofundado das coisas (a contemplação)

O Primado de Deus

A vida de escondimento

Vemos que a Vida Contemplativa tem as suas peculiaridades, a Vida Contemplativa é chamada de “Vocação dentro da vocação”. Há uma outra face da Vida Contemplativa que é até desconhecida, esta outra face é o holocausto. Parece muita dura esta palavra, mas é um holocausto incruento: “Em que não se derrama sangue; que não custou sangue”. Como dizia o Servo de Deus, o Papa João Paulo II: “A Vida Contemplativa é um martírio branco”. Mas entendamos que martírio não senão sinônimo de Amor, Doação, Vida, mas também de sacrifício, mortificação, renuncia. O papa Bento XVI disse à monjas do Mosteiro de Santa Francisca Romana: “A Vida Contemplativa é chamada a ser uma espécie de pulmão espiritual na sociedade”. A vida Contemplativa apesar de existir em várias dioceses e até mesmo nos grandes centros de nossas Metrópoles, ainda é desconhecida. Isto se deve a passividade de muita gente à religião. A Abadessa Cristiana Piccardo do Mosteiro Beneditino de Santa María de los Toldos diz que: “A presença da Vida Contemplativa continua sendo uma presença singela, silenciosa e simples, no coração da Igreja, da humanidade e da história para testemunhar que o absoluto de Deus é plenitude de sentido e alegria de viver para o Reino: cada comunidade contemplativa é uma semente infinitamente pequena mas fecunda de transcendência”. (Monaquismo, Laicidade e Vida Religiosa, Gianfranco Brunelli, Ed. Paulinas, 1999).

A grande fecundidade que a Vida Contemplativa produz no seio da Igreja e da Sociedade é algo que ultrapassa nossa razão. Assim reza o Perfecta Caritatis: “Os que foram chamados para a especificamente contemplativa são considerados ‘um dos tesouros mais preciosos da Igreja’”. Para entendermos melhor este pensamento da fecundidade da Vida Contemplativa na Igreja e na Sociedade, cito uma frase de São Rafael Arnáiz Baron, monge Trapista: “No silêncio e na oração podemos fazer mais que com todo o ruído de palavras” (São Rafael Arnáiz Baron).

A Vida Contemplativa é uma fonte dentro da Igreja, exemplo disto é o grande números de santos que esta rendeu à Igreja e também atualmente o grande número de pessoa que buscam os lugares onde exista uma Comunidade Contemplativa para o repouso da alma. O homem da Pós – modernidade tem por vício a vida frenética e “louca”, mas muitos destes têm percebido a necessidade de um frear de vida e de se colocar diante Daquele que os criou, e a Vida Contemplativa tem por parte de sua missão no seio da Igreja proporcionar este momento a todo homem e mulher que bate a sua porta pedindo descanso para alma, nossas casas são chamadas de oásis.

A Vida Contemplativa tem por escopo em nos chamar a atenção à oração e a busca de Deus, que é o nosso fim último.

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“O eremita sempre foi uma figura especial na religião. Esse ser deve existir também na Obra da Divina Providência:

viver quase como um constante sacrificio, voz constante do amor de Jesus pela salvação dos irmãos...

Os antigos tiveram suas legiões de fortes... e Cristo não terá a sua falange sagrada que, no sacrifício contínuo de uma vida imaculada e de um trabalho assíduo, ore e seja como que um grito do amor de Jesus, que o aplaque e implore pela vitó¬ria dos campeões da ação católica no meio da sociedade e apresse a conversão dos pecadores, a união dos pobres ir¬mãos separados, o triunfo da Igreja e do Pontificado? Ah, sim! Sem dúvida, deve existir. O Espírito de Deus, que faz nascer das pedras os filhos de Abraão, o Espírito de Deus alimentará a vida constantemente...

Até quando houver um pedacinho de chão onde Jesus possa estabelecer-se, até quando houver uma rocha e sobre ela uma cruz, os eremitas existirão!... Surgi, então, surgi, com o coração cheio do amor a Jesus, ó irmãos eremitas!

Saúdo a vossa chegada como uma bênção de Deus, inclino-me perante vós, chamados para fazer um grande bem! Mil vezes vos abençôo e mil vezes vos amo”